Sendo assim, dias atrás, estava pensando:
E se um dia o álcool ou o petróleo chegarem
ao ponto de não poderem mais serem usados como forma de combustível, o que seria
dos carros à combustão? (Lembrei do filme Mad Max, onde curiosamente há uma
escassez de combustível, mas todos andam com carros V8 e a maioria com
Blower...)
Há algum tempo, em alguns países, já são
vendidos alguns carros elétricos (mas que assim como o GNV- gás natural
veicular, não sei por qual motivo, ainda não foram muito bem aceitos pelos
Brasileiros).
Então me veio o pensamento:
Por que não montar um Rat Rod elétrico?
Achei que a ideia era inédita, porém assistindo a um episódio de Sin City Motors (primeira temporada, Episódio 03) vi que eles montaram um Buick 1928 com motor elétrico e não é que o carro ficou excelente!
Então me veio o pensamento:
Por que não montar um Rat Rod elétrico?
Achei que a ideia era inédita, porém assistindo a um episódio de Sin City Motors (primeira temporada, Episódio 03) vi que eles montaram um Buick 1928 com motor elétrico e não é que o carro ficou excelente!
Nem parece, mas esse Buick 1928 é elétrico...
Embora muitos pensem que carros elétricos e
velocidade não combinem, por acharem que carros elétricos não passam de 50
KM/H, se enganam.
Exemplo: Você acredita que os carros de
competições sempre foram movidos à combustão? Engana-se.
No inicio, o automóvel era mais uma espécie
de “esporte” devido a ser uma novidade e de difícil manejo.
Em 1895 (não... eu não errei a data, é mesmo
1895...), foi fundada na França o “Automobile Club de France” que foi o
primeiro clube do mundo dedicado a automóveis e tinha a competência para
organizar e homologar competições automotivas.
Pois bem, como o automóvel ainda era uma
novidade, podiam concorrer desde carros elétricos, a gasolina ou a vapor, pois
todos ainda estavam em desenvolvimento.
Agora, para a surpresa de todos que estão
lendo essa matéria, o primeiro carro a marcar um recorde foi o Jeantaud, um
carro elétrico pilotado pelo francês Gaston de Chasseloup-Laubat com a
velocidade de 63,15KM/H
Jeantaud 1898
A barreira dos 100 KM/H logo seria quebrada
ainda em solo Francês, mas por um piloto Belga chamado Camille Jenatz em 1899 a
bordo de outro carro elétrico chamado “La Jamais Contente” chegando à
velocidade de 105,88 KM/H.
“La Jamais Contente”
As vitórias dos carros elétricos chegaria ao
fim em 1902 com o piloto francês Leon Serpollet, pilotando um carro (pasmem) com
motor de quatro pistões movido a vapor, chamado Gardner-Serpollet chegando à
velocidade de 120,80 KM/H, (a vapor!).
Gardner-Serpollet de 1902
Gardner-Serpollet de 1902
Já a primeira vez que um carro com motor a
combustão interna quebrou um recorde foi ainda em 1902 com um piloto americano,
ainda em solo francês chamado William K. Vanderbilt, chegando aos 121,73 KM/H.
Somente em 1904 Henry Ford já com seus 40
anos de idade, a bordo do seu Ford 999 com um enorme motor de 18,8 litros e
quatro cilindros movido a gasolina, conseguiu quebrar um recorde fora do solo
Francês, chegando a velocidade de 147,05 KM/H sobre o leito congelado do lago
Clair, estado do Michigan, nos Estados Unidos.
Henry Ford e seu Ford 999
Então você deve estar pensando:
Por que se os carros elétricos são tão bons
assim, nunca tivemos nenhum no Brasil?
E para maior espanto ainda de quem não
conhecia o fato eu digo:
Tivemos sim um carro elétrico no Brasil, na
década de 70, chamado Itaipu
O Itaipu
era um modelo de porte mini da Gurgel, sendo o primeiro automóvel com motor elétrico
desenvolvido na América Latina.
O Itaipu
A carroceria era feita em fibra de vidro e
tubos de aço, do tipo Plasteel, (patente Gurgel), com dois lugares e com um
chassi tubular de aço integrado a carroceria.
Ele tinha um motor elétrico de 3.000
Watts/120 Volts e 4,2 HP, colocado longitudinalmente embaixo, no
centro do carro, com enrolamento de campo em série e paralelo.
Possuía dez baterias de 12 Volts cada
uma, ligadas em série (total de 120 Volts), com capacidade de 84 Ah
que para serem carregadas, (quando descarregadas a zero), levavam cerca de
10 horas, (ou a 50%, 2 horas e 30 minutos, ou a 10%,
30 minutos).
No protótipo, o desempenho chegou a 30 Km/h,
porém, no carro de série velocidade máxima foi de 60 Km/h.
Considerando que o carro pesava no total
780Kg (o carro pesava 460 Kg mais 320 Kg das baterias), com
2,65 metros de comprimento por
1,40 metros de largura e 1,45 metros de altura, até que era uma
velocidade boa para um carro elétrico.
Sendo assim, fiquei imaginando como seria o
futuro dos Hot Rods (Rat Rods, Kustoms e outros carros antigos em geral).
O próprio Hot Hod surgiu da necessidade de se
criar um carro diferente dos oferecidos pelas montadoras após a segunda grande
guerra mundial, inovando totalmente o cenário da época com velhas carrocerias da
década de 20 e 30 com enormes e modernos (para a época) motores adaptados que muitas vezes eram encontrados em
ferro-velho e desmanche e eram retirados de carros novos batidos. Assim, por
que não revolucionar e criar a partir da necessidade (tanto ambiental, como
econômica) um novo conceito de Hot Rod elétrico?
Então, pesquisando na internet, encontrei uma
empresa chamada AMP=D Electric
que juntamente com a Factory Five já desenvolveu um protótipo de um Ford Hot Rod 1933 e o apresentou no SEMA de
2009 e esse é apenas um exemplo de vários outros Hots que já foram
criados a partir de carros antigos.
Também assisti um programa chamado Rods´n Wheels em que a oficina Da Rod Shop, transformou um velho e problemático Fusca 1959 em um potente Fusca elétrico e disputaram até uma prova de arrancada com ele para provar que carros elétrico também corre.
Agora, fico imaginando no futuro, chegar em casa com um Chevrolet 1951 e ao guardá-lo na garagem, conectar um cabo da tomada ao carro e deixá-lo carregando para sair novamente mais tarde, será que um dia chegaremos a esse ponto? E como disse no início dessa matéria, o que será dos carros à combustão? Serão esses convertidos em carros elétricos ou teremos de comprar combustível em museus e antiquários para usarmos nesses carros? Será que muito em breve trocaremos o cheio de gasolina e óleo por alguns choques?
Abaixo, alguns links de alguns vídeos dos carros citados nesse artigo:
Fusca 1959 transformado pela oficina Da Rod Shop em um potente Fusca elétrico
Agora, fico imaginando no futuro, chegar em casa com um Chevrolet 1951 e ao guardá-lo na garagem, conectar um cabo da tomada ao carro e deixá-lo carregando para sair novamente mais tarde, será que um dia chegaremos a esse ponto? E como disse no início dessa matéria, o que será dos carros à combustão? Serão esses convertidos em carros elétricos ou teremos de comprar combustível em museus e antiquários para usarmos nesses carros? Será que muito em breve trocaremos o cheio de gasolina e óleo por alguns choques?
Abaixo, alguns links de alguns vídeos dos carros citados nesse artigo:
Electric Hot-Rod - First Indoor Test (Ford 1933 elétrico)
Sin City Motors temporada 01, Episódio 03 (Buick 1928 elétrico)
EV West 1963 VW Beetle Electric Car Conversion - Classic Volkswagen DIY EV Bug Kit Walkthrough (fusca 1963 eletrico)
Abaixo mais algumas fotos do Buick 1928 elétrico criado pela Welderup na configuração Rat Rod:
Abaixo mais algumas fotos do Ford 1933 Hot Rod elétrico criado pela Factory Five e pela AMP=D Electric:
Abaixo mais algumas fotos de alguns Fuscas elétricos:
lindos!!
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