Quando
era adolescente, me aventurei a comprar algumas miniaturas de carros antigos na
escala 1/25 e depois de montá-las, descobri que não utilizei os recursos
necessários para tal fim, não possuía equipamento próprio para pintura como um
aerógrafo (airbrush) ou outros, e na ansiedade de montá-las acabei pintando as
miniaturas com as tintas usadas para aerógrafo, mas usando para a pintura, um pincel
comum mesmo.
Até que
algumas ficaram boas, mas a pintura não ficou lisa e espelhada como nos carros reais,
ficaram com um aspecto de casca de laranja, um pouco estranha (hoje descobri
que mesmo com esse aspecto, algumas técnicas novas resolveriam o problema).
Com o
tempo, decidi construir um diorama de um ferro-velho com essas miniaturas (para
quem não sabe o que é um diorama, é um modo de
apresentação artística tridimensional, de maneira muito realista, de
cenas da vida real para exposição com finalidades de instrução ou
entretenimento).
Confesso,
não é por que foi eu quem fez, mas, ficou bom, os carros tinham um aspecto de
carros usados, devido a pintura e cheguei até a usar algumas técnicas de envelhecimento para
colaborar no visual. Construí uma cerca, um galpão com iluminação para os carros ficarem e coloquei vários detalhes, como alguns pneus e várias partes de outros carros nesse ferro-velho que não
foram usados em montagens.
Depois de
um tempo, acabei desmontando esse diorama por falta de local para deixá-lo
(descobri que esse hobby demanda de local apropriado para deixar os dioramas)
pois onde ele ficava, na época, minha gata subia em cima dele, derrubava os
carros, quebrava os detalhes entre outras coisas do tipo (como tinha até
iluminação, fiquei com medo que ela acabasse levando um choque).
Mas você que está lendo esse texto deve estar se perguntando:
- O que
isso tem a ver com o assunto do blog, já que aqui tratamos de carros antigos e não de dioramas?
Explico:
Recentemente
me aventurei a construir novamente alguns dioramas utilizando os mesmos carros
que faziam parte do diorama do ferro velho e ficaram anos guardados e um deles
é baseado num velho posto de combustível americano (vou chamá-lo de Last Chance)
no qual para fazer o posto (que seria uma construção toda em madeira, seguindo
o estilo de construção americano) estou utilizando palitos de sorvete (até
agora mais de 600 palitos de sorvetes já foram usados), mas como não tinha
nenhum modelo como referência, decidi buscar na internet algumas fotos de
postos de combustíveis da década de 50 para poder me basear nos detalhes e
fazer o meu diorama (e quantos detalhes).
Em várias
fotos, notei que haviam carros antigos simplesmente abandonados nesses velhos
postos de combustíveis, alguns parecem até que pararam para abastecer ou trocar o óleo e foram abandonados, já outros estão até restaurados e provavelmente funcionam normalmente.
Então
resolvi compartilhar hoje (ouvindo Etta
James cantando At Last) uma
postagem com essas fotos desses postos de combustíveis abandonados e seus
antigos clientes deixados ao tempo para fazer companhia a eles
Aqui na cidade vizinha de onde resido, tem um posto de combustível que está desativado há algum tempo e recentemente um amigo meu deixou sua pick-up Chevrolet Brasil 1962 estacionada em frente a ele, ela não está abandonada, está apenas estacionada em frente ao velho posto que hoje se encontra em reforma.
Durante a noite, eles deixam as luzes do posto acesas e isso dá um visual bem ao estilo Rota 66 ao local, já que ele é bem afastado do centro da cidade.
Mas voltando a postagem de hoje, acredito que dá até
para sentir o cheiro de gasolina velha misturada com óleo velho queimado, só de
ver essas fotos (quem já foi a um posto de gasolina abandonado com um carro
antigo parado no tempo junto a ele, sabe do que estou falando).
Espero que gostem.
Atendendo a pedidos, acima a foto de uma parte do diorama que citei na postagem, ainda em construção.
Quando terminar vou fazer uma postagem sobre ele, já está na "reta" final.
Show!!!belos detalhes!!
ResponderExcluirObrigado Bilo rider...
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