terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Carros antigos e mulheres.




Mulheres e carros antigos, há quem diga que essa é uma mistura que não combina, será?
Existem muitas mulheres que assim como muitos homens, nem sabe o que é um carro antigo. Tenho amigos e amigas que não entende essa minha paixão por carros antigos e tentam, sempre que podem me fazer gostar de carros novos (isso não vai acontecer). Mas esse cenário vem mudando e vejo nas redes sociais muitas mulheres interessadas, não somente em mecânica, como em carros antigos também, já existem até grupos de carros antigos, formados apenas por mulheres.
Mas essa paixão por carros antigos que algumas mulheres têm, não é de hoje, lembro-me de quando participava de um clube de carros antigos participava também uma senhora chamada Elaine (chamávamos ela de Dona Elaine, pois ela já aparentava ter mais de 50 anos de idade).
Dona Elaine, possuía na época um Wolksvagen Fusca, do ano de 1968, branco e todo original de fábrica, que estava na família há anos e ela o conservava assim.
Costumava dizer que Dona Elaine era a amiga “gangorra” (aquela que quando senta os outros levantam) e isso me incomodava.
Como já havia percebido que muitos do tal “clube” de carros antigos tinham certo preconceitos com carros nacionais e Hot Rods, achava que isso acontecia por ela ter apenas um Fusca (na época, o que importava para o pessoal do clube, era se você tinha um Cadillac dos anos 50, ou Mercury, ou qualquer outro carro totalmente original, mas tinha que ser importado, os nacionais eram meio que deixados de lado nas reuniões e exposições).
Dava-me certo desconforto ver aquela senhora que gostava tanto de carros antigos, vir todos os sábados para as reuniões e acabar ficando sozinha numa mesa, vendo algumas revistas de carros que levávamos nesses encontros de sábado e pior, depois que ela ia embora, os membros do clube ficavam fazendo piadinhas com ela, isso me irritava profundamente (acho que esse foi um dos motivos pelo qual eu acabei saindo do clube).
Certa vez, ela chegou e sentou-se junto a um pessoal do clube que aos poucos foram levantando com uma desculpinha qualquer do tipo “vou pegar um salgadinho e já volto” e não voltavam mais. Vendo essa situação, meu amigo e eu que íamos todos os sábados aos encontros, fomos sentar com ela.
Quando sentamos junto a Dona Elaine, ela estava folheando uma revista de Hot Rods e sem tirar os olhos da revista ela nos falou:
-Eu sei que uma mulher não é muito bem vinda no clube, por isso hoje é a última vez que venho participar.
Eu fiquei constrangido e disse a ela que talvez esse não fosse o motivo do modo como eles agiam, achava que era por que seu carro era um nacional, mas realmente, estava explicito que não era esse o motivo.
Ela nos disse que infelizmente, o mundo ainda não estava pronto para aceitar algumas mudanças e deixar velhos preconceitos de lado (isso foi a mais de 10 anos atrás) e que por isso, mesmo ela gostando tanto de carros antigos, ela preferia somente participar dos encontros e não vir mais as reuniões semanais.
Conversamos durante muito tempo e olhando para aquela senhora distinta, com enormes anéis nos dedos e joias no pescoço, nunca imaginaríamos que ela sabia tanto sobre carros antigos.
Ela nos contou que seu pai tivera uma oficina mecânica, uma das primeiras na cidade onde eles moravam e desde criança, mesmo contra a vontade de seu pai, ela ficava com ele mexendo nos carros e assim, ela pegou o gosto pela coisa.
Nos falou dos carros que a família teve, como um Oldsmobile 1939, um Cadillac 1956, um Chevrolet Impala 1958 entre outros e que aquele Fusca branco 1968 foi um presente de seu pai para ela quando ela entrou para a faculdade.
Falamos sobre mecânica, sobre as modificações que eu havia feito no meu Dodge 1957, sobre os carros que ela gostaria de ter e por horas, nem parecia que estávamos mais no clube, parecia que estávamos na mesa de um bar qualquer falando sobre futebol, mas não, estávamos falando sobre carros antigos.
Quando percebi, todos os membros do clube já haviam partido, ficando somente meu amigo, eu e a Dona Elaine conversando.
Não demorou muito e também fomos embora e essa realmente foi à última vez que Dona Elaine participou das reuniões semanais.
Algumas semanas depois, eu também parei de participar do clube, comecei a restaurar o Dodge e raramente participava dos encontros, pois não tinha tempo.
Encontrei Dona Elaine novamente há alguns anos atrás numa padaria aqui na cidade, ela não me reconheceu, mas ainda estava com seu Fusca branco 1968, parado no estacionamento.
Isso serve para mostrar que o amor por carros antigos não tem sexo, não tem idade, não interessa se é homem ou mulher, todos têm essa mesma paixão e podemos compartilhar disso juntos.
O preconceito ainda existe? Sim, infelizmente ainda existem os chamados “clubes do Bolinha”, onde apenas homens participam, mas sem querer defender ninguém, também existem alguns clubes que só permitem a entrada de mulheres e parece que não estão dispostas a mudar esse cenário.
Um exemplo disso eu senti quando estava fazendo essa postagem.
Não queria colocar fotos de mulheres e carros antigos encontradas na internet, gostaria de colocar fotos de mulheres e carros antigos aqui do Brasil, mas não posso ir postando as fotos de pessoas no blog sem sua autorização.
Sendo assim, procurei alguns grupos de carros antigos que são formados exclusivamente por mulheres, expliquei que tenho um blog e que estava fazendo uma postagem sobre carros antigos e mulheres e que gostaria que elas autorizassem, ou mesmo me enviassem fotos delas juntas ao seu carro, para mostrar que carro antigo não é somente coisa de homens, mas infelizmente, nenhuma delas me respondeu.
Isso me trás uma questão em mente:
Será que todos querem mudanças, mas ninguém está disposto a mudar?
Eu sempre achei que carros antigos fosse motivo de alegria e união das pessoas e não mais um motivo para uma nova guerra dos sexos.
Espero que isso não ocorra nesse meio e possamos todos juntos, compartilhar da mesma paixão: os carros antigos.

Devido à falta de interesse em ajudar nessa postagem, as fotos que foram colocadas aqui foram encontradas na internet. Não são de apelo sexual (como vemos em vários outros sites), mas apenas de mulheres e carros antigos.

























































sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

American Graffiti, o filme.


Existem alguns filmes que realmente mudam seu jeito de pensar, seu jeito de ser e um exemplo disso foi Rebel Without a Cause  de 1955 (no Brasil, Juventude Transviada) que após seu lançamento, fez com que milhares de jovens mudassem totalmente seu jeito de ser, passando a imitar o personagem de James Dean no filme.
Mas por que estou dizendo isso?
Bem, como já mencionei na postagem sobre o filme Christine, o Carro Assassino, esse filme que vou falar hoje, também foi um dos filmes que mudaram meu jeito de ser.
Após assistir a American Graffiti, adotei de vez o estilo anos 50 de me vestir, de pentear o cabelo com topete e brilhantina e deixar as costeletas crescerem.
Uma curiosidade pessoal sobre esse filme é que antes mesmo de assistir ao filme, eu já tinha ouvido toda a sua trilha sonora na Tv (!) Sim, na TV mesmo. Certo dia, antes de ir para a escola, nem sei por que, acabei ligando a TV num certo canal que ainda estava fora do ar, haviam apenas algumas listras coloridas na tela, mas esse canal estava tocando toda a trilha sonora do filme.
Para quem ainda não conhece o filme e nunca assistiu, American Graffiti (no Brasil: Loucuras de Verão) é um filme americano de 1973, do gênero comédia dramática, dirigido por George Lucas.

Sinopse:

Em 1962, na pequena cidade de Modesto (diga se de passagem, cidade natal de George Lucas), um grupo de jovens passam juntos sua última noite de verão antes de dois amigos do grupo, Curt e Steve irem para a universidade, no leste. 

 Curt, Laurie e Steve.

Nesta noite agitada vários acontecimentos ocorrem ao mesmo tempo. John Milner não quer ir ao baile do colégio para relembrar os "velhos tempos" , ele prefere ficar rodando pela cidade com seu Ford 1932 modificado e acaba encontrando e saindo com Carol sem saber que ela era menor de idade.

 John Milner, Laurie e Steve

 Carol

Laurie, irmã de Curt e namorada de Steve, briga com ele e acaba saindo de carro e encontra com o forasteiro Bob Falfa, (o mesmo que passa o filme todo procurando John Milner e quase no fim do filme, disputa o tão esperado racha com ele). 

Laurie, irmã de Curt 

  Bob Falfa

O desajeitado Terry pega emprestado o carro de Steve e consegue (coma ajuda do carro, claro, que chama muito a atenção) conquistar a destrambelhada Debbie.

 Terry

 Debbie

 Impala 1958, o carro de Steve.

Enquanto Curt que só quer aproveitar a noite para “azarar” algumas garotas, acaba sem querer se juntando à gangue dos Faraós e acaba praticando pequenos crimes, ao mesmo tempo em que fica perseguindo uma loira desconhecida que dirige um Ford Thunderbird pela cidade.

 A loira desconhecida que dirige um Ford Thunderbird.

 A gangue dos Faraós (no filme, Faraohs)

Principais prêmios e indicações:

Oscar 1974 (EUA)
Recebeu cinco indicações, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (coadjuvante/secundária) que foi Candy Clark, Melhor Roteiro Original e Melhor Edição.
 
Globo de Ouro 1974 (EUA)
Venceu nas categorias de Melhor Filme (comédia ou musical) e Melhor Revelação Masculina (Paul Le Mat).
Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Ator (comédia ou musical) para Richard Dreyfuss.

BAFTA 1975 (Reino Unido)
Recebeu uma indicação na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Candy Clark).

Festival de Locarno 1973 (Itália)
Ganhou o Leopardo de Bronze.

Prêmio NSFC 1974 (National Society of Film Critics Awards, EUA)
Recebeu o Award na categoria de Melhor Roteiro.

Prêmio NYFFC 1974 (New York Film Critics Circle Awards, EUA)
Venceu na categoria de Melhor Roteiro.

Curiosidades do filme:

O filme foi rodado em apenas 29 dias.
A atriz Cindy Williams (que faz o papel de Laurie) inicialmente fez testes para interpretar a personagem "Carol".
A cena em que o ator Charles Martin Smith (Terry) pula da lambreta que bate em um prédio logo no início do filme, não estava no roteiro do filme; na verdade, o ator perdeu o controle da moto, mas o diretor George Lucas decidiu por inserir a cena no filme assim mesmo.


O ator Harrison Ford (que faz o papel de Bob Falfa) se recusou a cortar o cabelo para as filmagens (aliás, esse foi o primeiro filme de Harrison Ford), já que o seu papel no filme era pequeno; ele sugeriu então que seu personagem usasse um chapéu.


As letras e os números da placa do carro do personagem "John Milner" são THX-138 e trata-se de uma referência a THX 1138, o filme de estreia de George Lucas como diretor e que teve Robert Duvall como astro.


O orçamento de American Graffiti foi de 770 mil dólares.
Teve uma sequência, chamada More American Graffiti, realizada em 1979.
O carro azul com placas PRC 596 das cenas é um Edsel Corsair 1958 Foor Door HardTop.


No Manga/Anime Dragon Ball há uma cena, no quarto em que o protagonista Goku e a personagem Lunch estão dormindo, em que na parede, está um pôster onde é visto um carro antigo e a frase American Graffiti - 1962, que obviamente faz uma referência ao filme.

Curiosidade sobre cenas do filme:

Na cena em que aparecem vários carros rodando pela rua, ao som de Runaway de Del Shannon, se você observar bem, vai notar que passa pela rua um Ford 1940 azul, ao lado dele na cena, dá pra ver um Chevrolet amarelo 1956 estacionado com o capô aberto e na frente desse, está estacionado um Chevrolet Capriche 1967 dourado com a porta do motorista amassada... Provavelmente esse não fazia parte do set de filmagem, pois se a história se passava em 1962, como poderia um carro de 1967 estar estacionado na rua? Será que ele veio do futuro?!?!?!

 Chevrolet Capriche 1967

Esse Chevrolet 1956 amarelo aparece três vezes seguida na mesma cena em menos de 20 segundos, Primeiro como mencionado, ele está estacionado com o capô aberto.

  
Logo na sequencia, ele aparece novamente rodando pela rua normalmente.


E em seguida, aparece o Ford 1932 de John Milner rodando na mesma rua e o Chevrolet amarelo 1956 aparece estacionado exatamente onde estava na cena anterior (só mesmo quem é louco por carros antigos como eu iria reparar numa coisa dessas).


O Chevrolet Capriche 1967 aparece novamente em outra cena na rua. Quando John Milner está no Ford 32 com Carol, rodando pelas ruas da cidade (ao som de Beach Boys), se você notar bem, o primeiro carro que se vê estacionado na cena, é o velho Chevrolet Capriche 1967 e acho que até o câmera percebeu o erro, pois ele segue o Ford de Milner até a imagem sair do Capriche 1967, parando logo no carro seguinte (que parece ser um Studebaker President 1955).


Ainda nessa cena aparece um outro carro, vamos dizer, "moderno" para a época. Quando John Milner faz uma conversão para a direita num cruzamento, se você reparar bem na cena, vai ver um carro branco parado no cruzamento, muito parecido com o nosso Chevette nacional, não dá para saber a marca (pelo menos eu não consegui identificar, se alguém conseguiu, por favor, deixe nos comentários), mas mesmo assim, parece ser provavelmente um modelo de 1970 ou 71.


Essa cena foi mantida no filme, mas acredito que o mera, também tenha percebido o carro e desviou o foco para a direita, filmando mais a calçada e a rua e quase desfocando o Ford 1932 de Joh Milner...
Outro carro que está no filme, mas é muito avançado para a época é o Citroën 2CV AZA de 1967 dirigido no filme pelo personagem Curt, mas acredito que ele tenha sido mantido no filme por ser muito parecido com os modelos fabricados nos anos 60, pois assim como os Volkswagen Fusca, eles também mantiveram por anos o mesmo estilo de carroceria e fica muito difícil de identificar o modelo e ano exato no filme, principalmente por aparecer em cenas durante a noite.


As ruas da cidade de Modesto devem ser muito seguras pois na cena em que Laurie sai do seu carro (um ford Edsel 1958) para entrar no carro de Bob Falfa (um Chevrolet 1955), ela não fecha nem o vidro e nem a porta do motorista, deixando o carro aberto e totalmente abandonado na rua. 

 Vidro da porta do motorista aberto.
 
 Não travou a porta do motorista.

 Deixou o carro aberto e totalmente abandonado na rua.

Curiosidades sobre as músicas do filme:

Na verdade, após fazer o seu primeiro filme de longa metragem intitulado THX 1138 (filme de ficção científica de 1971 que não agradou muito na época), George Lucas foi desafiado por Francis Ford Coppola a realizar algo mais comercial. Como George Lucas já tinha um documentário sobre o DJ Wolfmam Jack (que aparece no filme fazendo o papel dele mesmo) ele decidiu juntar esse documentário com uma história de época de sua própria Juventude em Modesto, Califórnia, unindo assim, os carros, as músicas e a cultura dos anos 60.

 DJ Wolfmam Jack que aparece no filme fazendo o papel dele mesmo.

 DJ Wolfmam Jack que aparece no filme fazendo o papel dele mesmo.


Os personagens principais John Milner, Terry Sapo e Curt, fazem alusão a três períodos distintos da vida de George Lucas, que foi Nerd, Rodder e por fim universitário.
O roteiro foi feito em 3 dias e nele estavam incluídas 75 canções, mas dessas, somente 43 foram utilizadas no filme. Porém se você comprar a trilha sonora original do filme, vai perceber que duas músicas que fizeram parte do filme, não estão em nenhum álbum que contém apenas 41 canções do filme, ou seja, não tem as música Gee dos the Crowns e nem a Louie Louie do Flash Cadillac and Continental Kids cantada ao vivo no baile do colégio.
Outra curiosidade é que como se passa no ano de 1962, o filme não possui nenhuma música dos Beatles.
Também não possui nenhuma música de Elvis Presley, pois a RCA ao contrário das outras gravadoras não aceitou o valor oferecido pelo direito de uso das canções de seu catálogo no filme.
Em 1975 foi lançado um novo álbum intitulado More American Graffiti, que embora não tenha nenhum registro comprovado, provavelmente são algumas das canções que foram cortadas do roteiro inicial.
Em 1979 foi realizado a sequencia de American Graffiti, intitulada como More American Graffit (em português, E a festa acabou), que não utilizou nenhuma das canções do álbum de 1975, não tendo assim nenhuma relação entre o álbum de 1975 e o filme de 4 anos depois.
Ainda foi lançado em 1977 um novo álbum intitulado American Graffiti Vol. III, com várias canções da década de 60, mas esse sem a participação do DJ Wolfmam Jack, como ocorrera nos álbuns anteriores e no do filme de 1979.

 Álbum original do American Graffiti Movie Soundtrack (1973) 

Disco 1: 
1. ROCK AROUND THE CLOCK - BILL HALEY & THE COMETS
2. SIXTEEN CANDLES - THE CRESTS
3. RUNAWAY - DEL SHANNON
4. WHY DO FOOLS FALL IN LOVE? - FRANKIE LYMON & THE TEENAGERS
5. THAT'LL BE THE DAY - BUDDY HOLLY
6. FANNY MAE - BUSTER BROWN
7. AT THE HOP - FLASH CADILLAC & THE CONTINENTAL KIDS
8. SHE'S SO FINE - FLASH CADILLAC & THE CONTINENTAL KIDS
9. THE STROLL - THE DIAMONDS
10. SEE YOU IN SEPTEMBER - THE TEMPOS
11. SURFIN' SAFARI - THE BEACH BOYS
12. HE'S THE GREAT IMPOSTOR - THE FLEETWOODS
13. ALMOST GROWN - CHUCK BERRY
14. SMOKE GETS IN YOUR EYES - THE PLATTERS
15. LITTLE DARLIN' - THE DIAMONDS
16. PEPPERMINT TWIST - JOEY DEE & THE STARLITERS
17. BARBARA ANNE - THE REGENTS
18. BOOK OF LOVE - THE MONOTONES
19. MAYBE BABY - BUDDY HOLLY
20. YA YA - LEE DORSEY
21. THE GREAT PRETENDER - THE PLATTERS


Disco 2:

1. AIN'T THAT A SHAME - FATS DOMINO
2. JOHNNY B. GOODE - CHUCK BERRY
3. I ONLY HAVE EYES FOR YOU - THE FLAMINGOS
4. GET A JOB - THE SILHOUETTES
5. TO THE AISLE - THE FIVE SATINS
6. DO YOU WANNA DANCE - BOBBY FREEMAN
7. PARTY DOLL - BUDDY KNOX
8. COME GO WITH ME - THE DEL VIKINGS
9. YOU'RE SIXTEEN, YOU'RE BEAUTIFUL (AND YOU'RE MINE) - JOHNNY BURNETTE
10. LOVE POTION NO. 9 - THE CLOVERS
11. SINCE I DON'T HAVE YOU - THE SKYLINERS
12. CHANTILLY LACE - BIG BOPPER
13. TEEN ANGEL - MARK DINNING
14. CRYING IN THE CHAPEL - SONNY TIL & THE ORIOLES
15. A THOUSAND MILES AWAY - THE HEARTBEATS
16. HEART AND SOUL - THE CLEFTONES
17. GREEN ONIONS - BOOKER T. & THE MG'S
18. ONLY YOU (AND YOU ALONE) - THE PLATTERS
19. GOODNIGHT, WELL IT'S TIME TO GO - THE SPANIELS
20. ALL SUMMER LONG - THE BEACH BOYS


Álbum original do More American Graffiti (1975):
More American Graffiti (A collection of rock classics from the 60’s introduced by Wolfman Jack ... inspired by the album “American Graffitti”)

Disco 1:
1. BILL HALEY AND HIS COMETS - SEE YOU LATER, ALLIGATOR
2. THE CHANTELS - MAYBE 

 3. LARRY WILLIAMS - BONY MARONIE 
 4. BETTY EVERETT - SHOOP SHOOP SONG (IT'S IN THE KISS)
5. DION & THE BELMONTS - A TEENAGER IN LOVE
6. LITTLE RICHARD - READY TEDDY
7. THE COASTERS - POISON IVY
8. BRENDA LEE - I'M SORRY
9. THE CADILLACS - SPEEDO
10. GENE CHANDLER - DUKE OF EARL
11. BUDDY HOLLY - PEGGY SUE
12. THE DANLEERS - ONE SUMMER NIGHT 



Disco 2:
1. LITTLE EVA - LOCOMOTION
2. JERRY BUTLER - HE WILL BREAK YOUR HEART
3. THE PLATTERS - TWILIGHT TIME
4. LITTLE RICHARD - TUTTI FRUTTI
5. THE SHIRELLES - WILL YOU STILL LOVE ME TOMORROW
6. THE DUBS - COULD THIS BE MAGIC
7. LLOYD PRICE - STAGGER LEE
8. THE CROWS - GEE
9. CARL DOBKINS JR. - MY HEART IS AN OPEN BOOK
10. BUDDY HOLLY AND THE CRICKETS - OH, BOY!
11. THE TUNE WAVERS - HAPPY HAPPY BIRTHDAY BABY
12. THE KINGSMEN - LOUIE, LOUIE
13. CAROLE KING - IT MIGHT AS WELL RAIN UNTIL SEPTEMBER (DIALOGUE BY "WOLFMAN JACK").

American Graffiti Vol. III” (1977)
(A collection of rock classics from the 60’s ... inspired by the album “American Graffitti”) 


Disco 1:
1. THE BEACH BOYS - SURFER GIRL
2. LITTLE RICHARD - LUCILLE
3. THE EL-DORADOS - (CRAZY LITTLE MAMA) AT MY FRONT DOOR
4. JERRY BUTLER - FOR YOUR PRECIOUS LOVE
5. JUDY REYNOLDS - ENDLESS SLEEP
6. THE EVERLY BROTHERS - WAKE UP LITTLE SUSIE
7. JOE JONES - YOU TALK TOO MUCH
8. RITCHIE VALENS - LA BAMBA
9. JEWEL ATKINS - THE BIRDS AND THE BEE
10. CHRIS MONTEZ - LET'S DANCE
11. LITTLE RICHARD - GOOD GOLLY MISS MOLLY
12. BOBBY HELMS - MY SPECIAL ANGEL
13. HAROLD DORMAN - MOUNTAIN OF LOVE
14. JIMMY REED - BABY, WHAT YOU WANT ME TO DO?
15. TONI FISHER - THE BIG HURT 


Disco 2:
1. THE TEDDY BEARS - TO KNOW HIM IS TO LOVE HIM
2. KATHY YOUNG - A THOUSAND STARS
3. THE HOLLYWOOD ARGYLES - ALLEY-OOP
4. LITTLE ANTHONY & THE IMPERIALS - SHIMMY SHIMMY KO KO BOP
5. THE EVERLY BROTHERS - BYE, BYE LOVE
6. THE OLYMPICS - WESTERN MOVIES
7. THE FENDERMEN - MULE SKINNER BLUES
8. BUDDY HOLLY - RAVE ON
9. RONNIE HAWKINS - MARY LOU
10. JOHNNY TILLOTSON - POETRY IN MOTION
11. RITCHIE VALENS - DONNA
12. JIMMIE RODGERS - HONEYCOMB
13. LENNY WELCH - SINCE I FELL FOR YOU
14. WILBUR HARRISON - KANSAS CITY
15. THE BEACH BOYS - SURFIN'
16. DORSEY BURNETTE - HEY LITTLE ONE
 


Soundtrack - More American Graffiti (1979) 

Disco 1:
1. Martha & The Vandellas - (Love Is Like A) Heat Wave
2. Andy Williams - Moon River
3. The Byrds - Mr. Tambourine Man
4. The Angels - My Boyfriend's Back
5. Wolfman Jack 
6. Simon & Garfunkel - Sound Of Silence
7. Donovan - Season Of The Witch
8. Wolfman Jack 
9. Wolfman Jack 
10. The Supremes - Stop In The Name Of Love
11. Cream - Strange Brew
12. Bob Dylan - Just Like A Woman
13. Wolfman Jack 
14. Aretha Franklin - Respect
15. The Zombies - She's Not There
16. ? And The Mysterians - 96 Tears
17. Wolfman Jack 

Disco 2:
1. The Chantays - Pipeline
2. Lenny Welch - Since I Fell For You
3. The Marvellettes - Beechwood 4-5789
4. Bobby Vinton - Mister Lonely
5. Wolfman Jack 
6. The Capitols - Cool Jerk
7. Country Joe & The Fish - I Feel Like I'm Fixin' To Die Rag
8. Wolfman Jack 
9. Barry Sadler - Ballad Of The Green Berets
10. Wolfman Jack 
11. Mary Wells - My Guy
12. Doug Sahm - I'm A Man
13. The McCoys - Hang On Sloopy (Voice  Wolfman Jack)
14. Percy Sledge - When A Man Loves A Woman
15. Bob Dylan - Like A Rolling Stone
16. Wolfman Jack - Closing

Mas vamos ao que interessa, os carros que aparecem no filme: