Para começar bem o ano de 2017, vamos falar de filme, em especial um que
eu recomendo para quem gosta de carros antigos e Rock´n Roll dos anos 50.
Alguns filmes marcam a nossa vida de uma maneira inexplicável, quem
nunca sonhou quando criança em ser o Batman? Ou poder voar como o Super-homem?
Pois bem, o que isso tem à ver com carros antigos? Simples, a postagem
de hoje é sobre um filme que marcou minha infância e mudou minha vida.
O primeiro filme relacionado a carros antigos que assisti foi American
Graffiti, já mencionei ele aqui no blog, (clique aqui para ler: http://blogdoski.blogspot.com.br/2016/04/carros-famosos-de-filmes.html) mas prometo que vou fazer um especial
somente sobre ele futuramente, pois esse filme merece. Esse filme em questão já
havia mudado meu jeito de ser, a trilha sonora é espetacular e o Dj Wolfamn
Jack também serviu de inspiração para minha outra paixão, o rádio.
Mas essa postagem é sobre outro filme, que foi inspirado num livro de
romance e suspense de Stephen King.
Christine (no Brasil, Christine, o carro
assassino) foi adaptada para o cinema por John Carpenter, estrelando Keith
Gordon, John Stockwell, Alexandra Paul e Robert Prosky em 1983, porém, o filme
possui inúmeras diferenças “gritantes” se comparado ao livro e uma das
principais é que o carro do livro é uma Plymouth Belvedere 1958, 4 portas (e
isso fica bem claro no livro) enquanto o carro usado no filme é um Plymouth
1958, 2 portas sem coluna (há controversas entre se é um Belvedere ou uma Fury,
embora esteja escrito na própria capa do filme e muitos digam que é um Fury,
tem muitas diferenças que dá para serem notadas no filme entre uma Belvedere e
uma Fury, pois as Fury eram top de linha em 1958, tinham vidros elétricos,
regulagem de bancos elétricos, entre outros opcionais, sem comentar que nenhuma
Plymouth Fury 1958 saiu de fábrica com o friso da carroceria na cor prata,
todos eram dourados e tinham a escrita Fury no final do friso).
Plymouth Belvedere 1958
Plymouth Belvedere 1958
Plymouth Fury 1958
A sinopse:
A história gira em torno do adolescente nerd Arnold "Arnie"
Cunningham e sua Plymouth 1958 vermelha e branca. Ela se passa em Libertyville (supostamente um
subúrbio de Pittsburgh), Pennsylvania entre o verão de 1978 e a primavera de
1979.
Ao voltar da escola, de carona com seu melhor
(e único) amigo Dennis Guilder, o tímido adolescente Arnie vê um velho e bem
maltratado carro vermelho e branco parado no gramado mal cuidado de uma casa,
com uma placa de vende-se ao lado. Arnie convence Dennis a parar o carro e
ambos vão ver de perto a Plymouth 1958.
No momento Dennis acha que é uma brincadeira
sem graça de Arnie, porém, quando aparece o irmão do falecido proprietário do
carro com as chaves na mão, Dennis se dá conta de que não era uma brincadeira.
Mesmo contra a vontade dos pais, Arnie compra
o carro e o restaura, mas o que ele não sabia, era que de brinde, o carro vinha
com uma alma atormentada e ciumenta, que aos poucos vai seduzindo Arnie, ao ponto
de mudar completamente seu comportamento, não permitindo que ninguém entre em
seu caminho.
Eu perdi as contas de quantas vezes eu
assisti a esse filme e como disse, ele mudou minha vida, pois prometi que um
dia eu teria um carro igual aquele (cheguei perto, tive um Dodge Kingsway 1957
cuja carroceria era idêntica a da Plymouth 1957, com diferença da grade
dianteira, mas ainda não consegui o tal sonhado Plymouth, na verdade, nunca vi
pessoalmente uma Plymouth 1957 ou 1958).
Algumas curiosidades do filme:
Para nosso desespero (nós que amamos carros
antigos) cerca de 14 carros "representando" Christine foram
destruídos durante as filmagens, entre eles alguns Plymouths Belvedere, Savoy e
Plaza, todos caracterizados como Christine. Ao todo 25 modelos foram usados sendo
que alguns sobreviventes foram vendidos após as filmagens e os outros
descartados num ferro velho.
O detetive Rudolph Junkins, antagonista de
Arnie Cunningham, também dirige um Plymouth Fury. A diferença é que o modelo do
carro é de 1977 ou 1978.
Durante o filme, na cena em que eles estão no
drive-in, o filme que está sendo exibido é “Até que Enfim é Sexta-feira” de 1978.
Quando Christine
é esmagada e jogada do guindaste do ferro velho no chão, em frente a Dennis,
Leigh e Junkins dá para notar uma roda de aço muito proeminente. Enquanto eles
falam, estão olhando para a direita, e quando a cena retorna ao cubo de aço
retorcido que um dia foi Christine, a roda desaparece, sendo substituída pela grade
dianteira retorcida e o para-choque dianteiro de Christine, como se o cubo
girasse 180 graus. O ângulo de visão permanece inalterado, evidenciado pelas correias
da grua e pela área no fundo, e se o cubo tivesse girado, provavelmente os 3
teriam visto e reagido.
Na cena em que
Christine bateu no Camaro prata de Buddy no posto de gasolina, não há nenhum
motor no Camaro. O capô do Camaro se solta e é torcido de lado no carro.
Como Christine está do outro lado e arrastando o Camaro, você pode ver de baixo do
capô que o compartimento do motor está vazio.
Existem algumas
cenas no filme que mostram Christine trancando suas portas e vemos que ela tem
travas comum com "pinos" nos painéis interiores da porta. Isso é
incorreto pois os Plymouths 1958 não erão equipados com esses pinos. Para
travar a porta, o puxador da porta tem de ser rodado no sentido anti-horário.
Outra curiosidade é a placa de Christine
“CQB 241”. CQB seria um acrônimo militar americano para “Close
Quarters Battle”, o que seria algo como Batalha em Quarteirões Fechados, onde
os alvos estão muito próximos. Esse encontro é, geralmente, muito
violento, deixando a vítima com pouca chance de retirada ou sobrevivência,
já os números 241 seriam algo como “Two
for One” (Dois por um) que indica a batalha entre Arnie e Christine
(dois) contra as vitimas (um ou uma).
Christine teve uma aparição especial em outro
filme de Stephen King chamado Cat´s Eyes (1985), onde já no início do filme, ela
quase atropela o gato protagonista. Curiosamente podemos ver colado na parte
traseira e em seu para-choque traseiro as escritas: “O Rock & Roll nunca morrerá” e “Cuidado comigo, eu sou um demônio, Eu sou Christine”.
Até hoje várias pessoas transformaram Plymouths 1958 em
clones de Christine. Algumas Furys foram pintadas de vermelho, (se
bem que em 1958 pela tabela de cor, elas podiam sair de fábrica com essa cor
também) enquanto alguns Belvederes tiveram seus motores substituídos pelos
do Fury.
É difícil diferenciar um Christine clone de uma
Belvedere que saiu de fábrica vermelha e branca, a não ser que você conheça o
Fury muito bem, mas vou falar a verdade, se tivesse um desses, com certeza
também faria um clone de Christine, e você, não faria?
Tabela de cores
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