quarta-feira, 27 de julho de 2016

Meus favoritos

Recebi recentemente um e-mail me questionando a origem do nome do Blog, por que colocar Blog do Ski, se o assunto aqui tratado, não tem nada à ver com o esporte em questão e sim, carros antigos?
Quem me enviou essa pergunta estava pesquisando na internet sobre ski na neve (sim, para quem não sabe ski é a escrita correta e no Brasil, criaram a versão "aportuguesada" escrita "esqui") e acabou se deparando com meu blog e achando que se tratava do esporte ski acabou acessando e mesmo não sendo o que ele procurava, ele resolveu me escrever um e-mail contando a história de como encontrou o Blog e que ele acabou gostando muito dos textos e fotos contidos aqui.
Respondendo a pergunta; 
Simples, o blog tem esse nome porque Ski é o meu apelido.
Tudo bem, vamos explicar:
Essa história tem duas origens, mas que levam ao mesmo apelido, só que de forma abreviada e numa escrita simplificada. Não entendeu? Explico melhor:
Na época de escola, eu não tinha (assim como muitos adolescentes dos anos 80) um estilo definido, era apenas mais um garoto que nascera em fazenda e havia se mudado para a cidade.
Até que um certo dia encontrei uma revista de carros com uma matéria sobre um Chevrolet 1957 transformado em Street Rod e isso mudou tudo.
Não sei explicar de onde veio essa paixão por carros antigos, mas parece que isso já estava dentro de mim, apenas esperando um "start" para desencadear uma loucura obsessiva por carros antigos e foi isso que aconteceu depois de ler aquela matéria na revista.
Depois de um tempo, pesquisando mais e mais sobre carros antigos, veio a admiração pelas músicas dos anos 50 (principalmente através dos filmes que retratavam essa época, como American Graffiti e outros) e então tudo mudou.
Nessa época, deixei o cabelo crescer, assim como as costeletas e adotei um visual "rebelde sem causa" bem ao estilo anos 50.
Não sei como explicar, pode até parecer normal para algumas pessoas de cidade grande, mas imagine numa cidade pequena, na época, com uns 20 mil habitantes, um garoto começar a usar todos os dias roupas e visual dos anos 50? Não era "modinha", nem baile a fantasia, era meu estilo de vida e todo dia antes de ir para a escola, arrumava meu topete com gel e colocava minha jaqueta de couro (mesmo em dias de calor).
Meus amigos mais próximos, entenderam meu novo "estilo" de vida e muitos deles, passaram a gostar de carros antigos por minha influência, porém eu era o único que tinha realmente adotado o estilo 50´s.
Com isso eu passei a ser o esquisitão da turma e o apelido pegou! Era o "esquisito" prá cá, "esquisito" prá lá e assim ficou.
Se fosse hoje, provavelmente, chamariam meus pais na escola, diriam que eu estava sofrendo de algum transtorno de identidade, mandariam procurar um exorcista ou alguma igreja dizendo que estava com algum "encosto" e provavelmente diriam que por conta disso, estava sofrendo bullying, mas na época, para dizer a verdade, não me importei nem um pouco com isso (e acho que se tivesse me importado, não mudaria nada também), era uma coisa "normal" e muitos apelidos dados aos amigos nessa época, ficaram até hoje (e alguns bens estranhos por sinal).
Com o tempo, para simplificar, simplesmente abreviaram a palavra esquisito para "esqui" e novamente o apelido pegou e assim continuou.
Outro motivo que levou a ser chamado de Ski, foi o fato de com 13 anos de idade eu calçar tênis com numeração 44, um pouco exagerado para a idade e como já tinha adotado o estilo 50´s, usava sapatos para ir a escola (na década de 50, os adolescentes não usavam tênis) e os sapatos dá época possuíam um bico mais fino, o que deixava meu pé com uma aparência maior do que era realmente e novamente comparando o tamanho do meu pé com um ski, o apelido surgiu novamente.
Então para alguns o Ski era por conta de compararem meu pé com um par de ski e o esqui, por ser mais prático de chamar do que "esquisito" e com o tempo, acabaram se misturando e a escrita acabou ficando Ski.
Hoje, muita coisa mudou, não me visto mais ao estilo 50´s, já não tenho mais topete e costeletas, mas posso afirmar com certeza, a paixão por carros antigos e musicas dos anos 50 (Rock´n Roll, Rockabilly e Doo Wop) continuam as mesmas, ou será que aumentaram?
Como nessa postagem eu entrei num lado mais pessoal, resolvi postar os meus carros favoritos.
Isso não quer dizer que não admiro um Ford 1932, ou um Chevrolet Opala ou outro carro antigo, mas na verdade, esses seriam meus carros dos sonhos...
Segue alguns modelos abaixo:


Como não admirar o Dodge 1957, já tive um desses e meu sonho é ter novamente um, porém do ano de 1958...













Abaixo, alguns modelos de Dodge do ano de 1958.








Hoje em dia, estou tendo uma admiração maior pelos Chevrolet de 1951, não importa se são originais, Hot Rods, Rat Rods ou Custons, o importante é ser Chevrolet 1951.












Como poderia deixar de fora um dos meus maiores sonhos, uma Plymouth do ano de 1957 ou a mais improvável ainda, uma do ano de 1958..

Plymouth 1957 

 Plymouth 1957 

 Plymouth 1958 

 Plymouth 1958
  Plymouth 1958

  Plymouth 1958

  Plymouth 1958

 Motor da Plymouth 1958

   Plymouth 1958

  Plymouth 1957

E para finalizar, o carro que me iniciou nesse mundo de carros antigos, o Chevrolet Bel Air 1957








quarta-feira, 13 de julho de 2016

Opala, a lenda...


Muito bem, chegou a hora de falar sobre um ícone que escreveu seu nome na indústria automotiva nacional, O Chevrolet Opala.
Há muito tempo, queria escrever sobre os clássicos nacionais, porém, não é fácil obter fotos de qualidade e que possam ser postadas.
O problema é a autoria da foto, mas como todas as fotos desse post eu peguei da internet, entende-se que são de uso público. Por que escrevo isso? Porque certa vez, eu compartilhei no face a foto de um Ford Maverick e o dono do carro, após um certo tempo viu a foto (o carro já não estava mais com ele, havia sido vendido) e pediu gentilmente que eu retirasse a foto do meu mural, por ter na foto o rosto dele.
Eu sinceramente não me incomodo com o fato de alguém colocar uma foto minha junto ao meu carro na internet (até tem duas fotos onde eu apareço junto do meu antigo carro antigo num encontro em Campinas SP e a foto continua na internet) na verdade até acho isso uma espécie de honraria, pois se alguém está fotografando ou filmando você e seu carro, é por que alguém o admira muito (seu carro).
Pois bem, tomei o cuidado de ver cada foto detalhadamente e as que continham rosto, não incluí. Já as placas dos veículos, foram todas apagadas.
Se alguém ver esse post e identificar a foto de seu carro e não quiser que eu a mantenha na postagem, pode entrar em contato que eu retiro a foto, não tem problema...
O Chevrolet Opala foi um modelo de automóvel fabricado pela General Motors do Brasil. Foi o primeiro automóvel de passeio fabricado pela montadora no país, tendo sido produzido de 1968 a 1992. O Opala foi apresentado ao público brasileiro no Salão do Automóvel de 1968. A carroceria do modelo da General Motors foi inspirada no alemão Opel Rekord, mas com estilo e potência parecidas com a do americano Impala. Não demorou para o carro cair na graça dos brasileiros e se consagrar como um dos principais clássicos no país.
Fabricado até 1992, o modelo esteve nas garagens de grandes executivos, além de se tornar viatura e até ambulância com a versão perua, a Caravan. Passado mais de duas décadas desde o término de sua produção, o modelo ainda arranca suspiro de colecionadores e admiradores
Seu projeto (chamado de 676) demorou cerca de dois anos, sendo apresentado na abertura do VI Salão do Automóvel de São Paulo, num sábado, dia 23 de novembro de 1968, já como linha 1969. A fórmula do Opala combinava a carroceria alemã do Opel Rekord C/Opel Commodore A, fabricado de 1966 a 1971, à mecânica norte-americana do Chevrolet Impala
Ao longo de seus 23 anos e cinco meses de produção contínua, passou por aprimoramentos mecânicos e modificações estéticas, sendo fabricado na cidade paulista de São Caetano do Sul, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, até ao dia 16 de abril de 1992, quando se encerrou, numa quinta-feira, a sua produção.
Durante o período em que esteve em produção, foram oferecidas paralelamente duas opções de motores ao Opala: 4 ou 6 cilindros, tanto para as versões básicas, quanto luxuosas ou esportivas. Todos os motores usados no Opala foram derivados de motores da Chevrolet norte-americana.
Essa mistura, onde combinava-se um motor americano a uma carroceria alemã, curiosamente resultou na peculiaridade de conviverem no mesmo projeto componentes com especificações técnicas baseadas no sistema de medidas inglês, nos componentes do motor e transmissão, e no sistema métrico usado na Alemanha e no Brasil nas demais partes do veículo.
Dentre as qualidades do Opala, é a direção e suspensão macias, sobretudo após as mudanças feitas nos modelos pós 1980, aliado a isto, o conforto interno, o que resulta num bom conjunto mecânico. Apesar do tamanho, é um veículo fácil de conduzir na cidade, e baixa manutenção. Na época do seu lançamento, o carro foi criticado por seu acabamento inferior em relação ao seus "irmãos" americanos, o que foi resolvido anos depois pela filial brasileira.
O carro foi por um longo período e ainda continua sendo objeto de desejo de muitos brasileiros, por ser um carro confiável, potente, com torque, confortável e luxuoso. A fama do Opala o levou para aparições em diversos setores da cultura brasileira, como filmes, novelas, músicas, séries, livros etc.
Foi eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1972.

Opala SS

Opala SS foi lançado em 1971 para disputar o mercado de carros esportivos, e vinha com acabamento esportivo: volante de 3 raios, bancos individuais, câmbio de 4 marchas no assoalho, rodas esportivas, e pintura especial com faixas esportivas; em alguns anos também com capô e painel traseiro na cor preta. O painel vinha com marcador de RPM com escala de 0 a 6000 rpm, com a faixa amarela sinalizando atenção de 4500 rpm a 5000 rpm e marcação em vermelho até o final em 6000 rpm — nos motores 250/S, o conta-giros marcava até 7000 rpm.
A versão SS foi oferecida com 4 portas somente em 1971. Em 1974 ganhou a opção do motor 2.5 (151) de quatro cilindros, que durou até 1980.
Em 1976 estreava o motor 250/S com tuchos mecânicos (apenas nesse ano), e taxa de compressão elevada em 0,7 ponto, o que levou a revista Quatro Rodas a elegê-lo o carro mais veloz do Brasil, com 190,47 km/h, superando o Dodge Charger da Chrysler e o Maverick da Ford.

Caravan

Em 1975, a linha Opala (que recebia uma reestilização mais abrangente) ganhava a versão perua, a Caravan.  Desenvolvida a partir da carroceria da Opel Rekord C Caravan, trazia grande espaço para bagagem, com as mesmas opções de motores que equiparam as versões sedã e cupê, inclusive a versão Caravan SS, lançada em 1978, onde havia a opção dos motores 250-S e 151-S.

Comodoro

A versão topo de linha foi lançada junto com a reestilização completa da linha Opala em 1975, substituindo o Gran Luxo. O Comodoro trazia diversas novidades, como o luxuoso interior com apliques de jacarandá e o meio teto de vinil "Las Vegas", exclusivo para o modelo cupê. Em 1980, foi substituído pela versão Diplomata, mas permaneceu em produção como versão intermediária até o encerramento da produção, em 1992.

Diplomata

Para o ano de 1980, o Opala passou por uma mudança de estilo para se adequar à moda das formas retangulares dos carros daquela época. A frente e a traseira tinham faróis e lanternas retangulares, embora a parte central da carroceria fosse mantida igual.
Neste ano também surgiria a versão topo-de-linha Diplomata, onde um pacote de itens de luxo equiparia a toda a família Opala Diplomata e Comodoro. Na mesma década de 80, o Opala passou a contar com suspensão mais eficiente e freios dianteiros a disco duplo, melhores que os antigos sólidos; com a nova suspensão, o Opala ganhava em estabilidade e segurança: antes indeciso em curvas oscilantes e arrancadas fortes, passou a transmitir mais confiança ao piloto. Em 1981 mudava por dentro, ganhando um novo painel de instrumentos e forrações internas.
A partir de 1985, recebia vidros elétricos, antena elétrica, retrovisores elétricos, porta malas com acionamento elétrico, travas elétricas, desembaçador do vidro traseiro, aquecedor interno, volante com regulagem de altura, pára-choques de ponteiras plásticas, dentre outros recursos que o mantinham no topo da linha da GM brasileira Já no modelo 1988 apareciam novas modificações na frente, traseira e interior. Toda linha trazia faróis trapezoidais, lanternas traseiras tomando toda a largura do veículo, embora a seção central, onde antes ficava a placa de licença, viesse em preto nas versões inferiores.
As versões eram renomeadas Opala ou Caravan SLComodoro SL/E e Diplomata SE. Havia ainda o Opala L, restrito a frota de pessoas jurídicas e governamentais. No interior as novidades de sempre, novos volantes e grafismos nos instrumentos, agora com iluminação indireta, e alguns recursos então raros para o mercado nacional: ajuste de altura da coluna de direção de sete posições, ar condicionado com saída para os passageiros no banco traseiro, alarme sonoro para faróis ligados e temporizadores de faróis, da luz interna e dos controles de vidros. A partir daí, seguiram vários retoques em detalhes estéticos e aprimoramentos mecânicos, elétricos e de conforto até o fim da sua produção.
Para o segundo semestre de 1990, o Diplomata SE deixou de contar com a motorização 4 cilindros, ao passo que o velho 4.100 ganhou aprimoramentos visando economia. Na potência declarada, contudo, houve um acréscimo de 3 cv, tanto nas versões a álcool, quanto a gasolina. Os exemplares dessa safra, com motor "biela-longa" e demais aprimoramentos, no entanto, sem os pára-choques envolventes, diferenciavam-se dos demais pela ausência de frisos no entorno da lanterna traseira

O último exemplar do Opala foi fabricado no dia 16 de abril de 1992, quando foi produzido o Opala de número 1 milhão. A ocasião de seu encerramento mobilizou vários entusiastas e fãs do automóvel a sair em carreata nos arredores da fábrica em São Caetano do Sul, em protesto a retirada do modelo de linha.
Uma série limitada especial do encerramento da produção do Opala foi batizada Diplomata Collectors. Foram fabricados em apenas 3 cores: azul Millospreto Memphis e vermelho Ciprius, equipadas com câmbio automático, eram acompanhados de chaveiro com inscrições douradas, traziam um VHS sobre a história do Opala e um certificado assinado pelo presidente da GM do Brasil, tudo dentro de uma pasta de couro. Mesmo nessa versão, a forração em couro preto era opcional.
Vale ressaltar que essa série teve 100 exemplares sem numeração especial nos chassis e frequentemente muitas pessoas pensam (erroneamente) que foram os últimos 100 exemplares fabricados, mas limitaram-se apenas a estar entre os últimos fabricados. A série Collectors não tem numeração de chassis sequencial, significando que entre a fabricação de um veículo e outro, foram fabricados exemplares de outras versões. Porém, todos os exemplares tem numeração de chassis compreendida entre 107.837 e 108.055- destes, todos são Diplomatas.

Collectors

O último Opala o que aparece no vídeo (CTH-1992 chassi 107904) foi montado antes da serie Collectors. Por reprovação do controle de qualidade, entre os defeitos mencionaram que o chassi está gravado de cabeça pra baixo nos vidros... Portanto ficou na fabrica abandonado. Saiu da fábrica em 98, 99 esquecido pela GM, além disso o carro foi canibalizado/depenado, onde aos poucos serviu para ceder peças aos clientes em curto prazo ou venderam o interior entre outras peças... Na remontagem/restauração colocaram bancos do 91 onde aparece com os encostos de cabeça maciços. Os emblemas traseiros foram colocados de forma errada e na parte de cima do vinco da tampa do porta-malas, como os modelos 90 para trás. O carro foi emplacado em 98/99 quando finalmente saiu da fábrica um modelo Diplomata cor Preto Memphis, o mesmo foi emplacado e cedido pela Chevrolet para o acervo de exposição do Museu da Tecnologia da ULBRA em Canoas, Rio Grande do Sul. Atualmente, este exemplar pertence a um ex-funcionário da GM e está em São Paulo. O último Collectors fabricado que está em circulação atualmente, no Rio de Janeiro, respectivamente, encontrando-se com um membro do fórum Opaleiros do Paraná, fabricado em 16 de abril 1992, possuindo cor vermelho Ciprius conforme várias imagens durante o vídeo de despedida de chassi final 108.055. O último exemplar fabricado da Caravan (também em 16 de abril de 1992) foi um modelo SL ambulância que hoje está descaracterizada, não sendo mais ambulância.
A partir daí, o Opala teve como sucessor o Chevrolet Omega (fabricado no Brasil de 1992 a 1998) e depois importado da Austrália até 2012, e a Caravan teve como sucessora a Chevrolet Omega Suprema (fabricada no Brasil de 1993 a 1996). O Omega foi um grande sucesso e um carro inovador pra época, mas vendeu bem menos que o Opala, principalmente devido a concorrência, enquanto o Opala era o único sedã grande do Brasil com poucos concorrentes de categorias abaixo, o Omega teve um grande número de concorrentes nacionais de categorias abaixo e dessa vez muitos importados no mercado, uma vez que o Opala não tinha concorrência dos importados, pois durante mais de 20 anos era proibido importações de carros no país, a abertura só ocorreu em 1990 quando Fernando Collor de Melo chegou a presidência.

Versatilidade

Várias organizações no Brasil adotaram o Opala e a Caravan como veículos de suas frotas, foram muito usados como viatura de Polícia Civil e Militar,Guardas Municipais, Carro Oficial da Presidência da República, Carro Resgate do Corpo de Bombeiros, Ambulância.
Sua confiabilidade, robustez e facilidade de manutenção, e baixo consumo de combustível na versão 2.5 gasolina, também fizeram do Opala um dos carros mais utilizados como Táxi, em sua época.
A mecânica do Opala também serviu de base para vários outros carros esportivos fora-de-série e réplicas fabricadas artesanalmente, como o Santa MatildePuma GTB e o Fera XK, réplica do Jaguar XK de 2 lugares.
O Opala é um carro bem sucedido na Stock Car (só Opala) e Turismo, onde o Opala era concorrente direto do Ford Maverick GT V8.
E em provas de arrancada, onde cada vez têm-se estabelecidos novos recordes de potência e tempos, tanto em preparações aspiradas ou turbo alimentados. Em decorrência deste histórico de corridas, inúmeras receitas de customização surgiram, pela facilidade dos ajustes e grande disponibilidade de peças de performance. Porém os acidentes também são frequentes, pela suspensão e geometria do carro antigo.
Uma das muitas façanhas do Opala foi ter estabelecido o recorde brasileiro de velocidade máxima. em Julho de 1970 na Rodovia Castelo Branco em São Paulo, o piloto Bird Clemente, a bordo de um Opala 4 portas, bateu o recorde brasileiro de velocidade, seguindo todos os regulamentos da FIA, cravando 245,51km/h, bloco do motor, virabrequim, bielas, pistões, eram todos originais, a única diferença era a taxa um pouco mais elevada, válvulas maiores e três carburadores Weber. Vinte e um anos depois em 1991, na direção de outro Opala, o piloto Fábio Sotto Mayor, estabelecia o novo recorde de velocidade, ao atingir 303,157 km/h, com um Opala 2 portas em um trecho da Rodovia Rio-Santos.O carro também preparado de motor, tinha a frente em cunha e aliviado de peso, o que favorecia o desempenho.

Cultura

O Opala é um carro luxuoso, com mecânica confiável. Graças a tais características, tornou-se objeto de desejo de muitas pessoas, sendo um dos mais cultuados automóveis brasileiros de sua época e com vários clubes dedicados ao modelo ainda hoje. São inúmeras as aparições de diversos Opalas em filmes, novelas, livros e músicas. Dentre os filmes, destaca - se Muito Gelo e Dois Dedos d'Água, onde um Opala de Luxo vermelho vira um dos personagens principais e também Nossa Vida Não Cabe Num Opala.

Motorizações

Quatro cilindros 

Aos primeiros anos do Opala, o motor quatro cilindros de 2509 cm³ (153 pol³) basicamente era uma versão 4 cilindros do StoveboltAmericano. Originalmente desenvolvido para equipar a linha básica do Chevrolet Nova de 1961.
Em 1974, com o objetivo de conferir maior suavidade ao Opala, o motor 4 cilindros recebeu alguns aperfeiçoamentos, a saber: aumento do diâmetro dos cilindros, com pistões mais leves, bielas mais longas, virabrequim com menor curso, e volante com maior massa. Com isso, a cilindrada foi ligeiramente reduzida para 2474 cm³ (151 pol³), tendo menor giro.
Este motor ainda passou por mais alguns refinamentos, caracterizando-o como 151-S, com novo coletor de admissão de alumínio, carburador de corpo duplo. Essas alterações visaram tornar o motor mais eficiente na opção SS.
Também foi oferecida a opção do álcool como combustível, um biocombustível de menor poder calórico, mas que produz mais potência que a gasolina por aceitar uma taxa de compressão mais elevada, além de ser menos poluente. Com isso, os Opalas 4 cilindros a álcool obtiveram acelerações mais rápidas e velocidade final superiores aos modelos a gasolina.
Para manter uma distinção entre as séries de motores, a GM tinha por costume aplicar uma pintura de diferentes cores aos motores em determinadas épocas, como o verde, que indicava que o motor era o 151-S com carburação Weber 446 com corpo duplo, o azul, que indicava o motor 151 com carburador Solex H40 de corpo simples, e o amarelo, que indicava o motor a álcool com carburador Solex H34 de duplo estágio


MotorDescriçãoPotência líquidaTorqueFabricaçãoCombustívelCarburador
1534 cilindros 2.5L80 cv a 3800 RPM18 kgfm a 2600 RPM1968-73Gasolina228
1514 cilindros 2.5L82 cv-1974–77GasolinaSolex H40
151-S4 cilindros 2.5L98 cv a 4800 RPM19,8 kgfm a 2800 RPM1971–80GasolinaWeber 446
1514 cilindros 2.5L88 cv-1985–88GasolinaSolex H34
1514 cilindros 2.5L90 cv-1988–90Gasolina3E
1514 cilindros 2.5L92 cv-1991–92Gasolina3E
1514 cilindros 2.5L103 cv-1980–84EtanolSolex H34
1514 cilindros 2.5L112 cv-1985–92EtanolSolex H34
Seis cilindros

O motor de seis cilindros de 3.8L (230 pol³) utilizado no Opala deriva da 3a geração do veterano Stovebolt. Tinha por características um bloco leve, e sete mancais no eixo virabrequim. Originalmente destinava-se a alguns modelos da GM Americana, dentre eles: Chevrolet Nova, Impala, Chevelle, Camaro, e alguns utilitários leves.
No Brasil, este motor seguiu passando por várias atualizações e,inclusive após o encerramento da produção do Opala.
Logo em 1970, adotou virabrequim de maior curso, elevando seu deslocamento para 4.1L (250 pol³). Posteriormente, ao longo do tempo, recebeu pistões mais leves e bielas mais longas.
A Chevrolet desenvolveu em 1974, o motor 250-S, onde uma leve preparação era conferida ao motor 4100, como tuchos mecânicos, carburador duplo, comando de válvulas com maior duração de abertura, e também taxa de compressão mais elevada. Porem perderia em potência pro maverick quadrijet,que veio após a versão GT.
Oferecido opcionalmente, este 250-S mais agressivo foi homologado para a antiga Divisão 1 da CBA, com taxa de compressão 9,2:1. Havia versões mais comuns do 250 com taxa de compressão de 7,8:1 e 8,5:1, mas todos poderiam ser vendidas normalmente ao público em concessionárias GM, sua principal desvantagem era o câmbio de transmissão que vinha de fabrica com apenas 4 velocidades tanto na versão manual quanto automático.
Este motor e suas variantes, equiparam também o Chevrolet Omega, os utilitários Chevrolet Bonanza, Chevrolet Veraneio, as pick-ups Chevrolet A20, Chevrolet C20 e Chevrolet Silverado, e alguns utilitários pesados, como o caminhão A60 (canavieiro), neste último com capacidade cúbica elevada para 4.8L/292pol3.
MotorDescriçãoPotência líquidaTorqueFabricaçãoCombustívelCarburador
230 - 3.86 cilindros 3.8L125 cv a 4000 RPM26,2 a 2400 RPM1968–71Gasolina-
250 - 4.16 cilindros 4.1L130 cv a 4000 RPM29 kgfm a 2400 RPM1971–75Gasolina-
250-S - 4.16 cilindros 4.1L171 cv a 4800 RPM32.5 kgfm a 2600 RPM1976–80Gasolina-
250 - 4.16 cilindros 4.1L132 cv-1980–84Gasolina-
250 - 4.16 cilindros 4.1L132 cv a 4000 RPM30,1 kgfm a 2000 RPM1985–90EtanolSolex H34
250 - 4.16 cilindros 4.1L132 cv a 4000 RPM-1985–89GasolinaDFV 446
250 - 4.16 cilindros 4.1L121 cv a 3800 RPM29,0 kgfm a 2000 RPM1991–92GasolinaSolex 3E
250 - 4.16 cilindros 4.1L141 cv32, 8 kgfm a 2500 RPM1991–92EtanolSolex 3E

Observações Potência liquida é medida estando o motor como se estivesse funcionando no carro, com escapamento, filtro de ar, alternador gerando e corrente e tudo mais. É a potência real do motor, porém ainda existem as perdas geradas pelo conjunto de transmissão do veículo.
Se a potência fosse medida de maneira bruta diretamente no motor sem nenhum de seus agregados como correias, hélice do motor (ventoinha), seria maior que a indicada nas tabelas acima.


Fonte: internet.

Mas vamos ao que interessa, fotos.

Gostaria de fazer uma postagem com fotos de cada ano e de cada carro assim como fiz com o Chevrolet Corvette (clique aqui para ver a primeira parte: http://blogdoski.blogspot.com.br/2016/05/chevrolet-corvette-primeira-parte.html) mas confesso que não sou tão expert em Opala como sou em carros americanos da década de 50 e 60, então, como não encontrei alguns modelos de ano específicos, resolvi colocar apenas as fotos para apreciação, tem desde Opalas originais a até Opalas de arrancada.


Espero que gostem