quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O cinema Drive-in



Hoje em dia, quando você ouve falar em Drive-in, logo vem a sua cabeça um Motel de baixo orçamento (em alguns casos) onde você fica dentro dentro do carro, porém o drive-in que vamos falar nessa matéria, seria algo como um cinema ao ar livre, onde você pagava a entrada, estacionava seu carro no melhor lugar possível, pendurava o alto-falante na porta do seu carro e aproveitava um bom filme, podendo até comer uma pipoca ou cachorro-quente com refrigerante que era vendido no próprio local.


As vezes, parece que eu vivi numa outra época, muitas vezes eu vejo lugares em fotos que podia jurar já ter estado lá.
Quando eu vejo um Drive-in, parece que eu me lembro de ouvir o cascalho sendo amassados sob os pneus do carro quando entravamos no estacionamento para encontrar o local perfeito para assistir ao filme.
Parece que eu ainda posso sentir cheiro, o delicioso aroma da pipoca e cachorro-quente provenientes dos bares e lanchonetes do local.
Parece que eu me lembro de juntar os amigos no carro para uma noite no drive-in assistindo a filmes como “Juventude Transviada” ou “Ao Balanço das Horas”.
Parece que eu me lembro do tempo que eu e meus amigos nos escondíamos dentro do porta-malas de um Chevrolet 1951 em que o banco traseiro seria facilmente rebatido para fora e poderíamos sair do porta-malas para o interior do carro.
Parece que eu me lembro da expressão nos rostos das pessoas ao nosso lado enquanto observavam como nós aparecíamos de repente “do nada” direto para o assento traseiro do carro, pois como qualquer adolescente, você fazia qualquer coisa para salvar um dinheirinho.
Parece que eu me lembro das famílias que podiam passar uma noite de entretenimento de baixo orçamento no drive-in, onde elas traziam lanches de casa para economizar ainda mais dinheiro, para assistir aos filmes sob a luz da lua e das estrelas, enquanto alguns poucos dormiam no carro com o seu cobertor e travesseiro favorito.
Parece que eu me lembro de um tempo que infelizmente eu não vivi, mas que por algum motivo, me deixa com muita saudade dessa época.


A idéia do drive-in realmente não decolou até depois da Segunda Guerra Mundial. Somente na geração dos “anos dourados” que fez mais sucesso.
Na década de 50, mais pessoas frequentavam os drive-in do que os teatros propriamente dito.










Alguns drive-in tinham playgrounds para as crianças onde elas poderiam jogar e brincar antes do filme e durante o intervalo. Você não precisa de babá e o custo do passeio da família era relativamente baixo.
O drive-in também era um local perfeito para estacionar o carro e namorar um pouco. Para-brisas embaçados eram vistos em todas as direções.
É claro que os pais de muitas meninas proibiam suas filhas de ir aos drive-in para protegê-las de caras “mal intencionados”.


Hoje os drive-in quase não mais existem, embora haja ainda, alguns em operação e há evidências de que eles podem estar tentando fazer um retorno aos tempos de glória, porém, isso se reflete hoje em dia, mais a geração saudosista e aos adpetos da cultura dos anos 50 e 60 não sendo muito interessante aos jovens, que preferem os novos cinemas com telas gigantescas, filmes em 3D e som de última geração.




















Agora, muito deles estão perdidos nos campos e gramados verdes da América onde são como fantasmas amigáveis ​​do passado.
Se ao menos eles pudessem falar eles nos contariam mais dessas lembranças dos incríveis anos dourados.







Nenhum comentário:

Postar um comentário