Ano em que a União Soviética coloca o primeiro satélite em órbita, o Sputnik-1 e logo em seguida coloca em órbita a cadela Laika, primeiro ser vivo a ser enviado para o espaço, a bordo do Sputnik 2, o seu segundo satélite....
Ano de muito Rock´n Roll...
Você ligava o rádio do seu carro e já ouvia Elvis Presley cantando "All Shook Up" a primeira música das paradas de sucesso das 50 mais da Billboard (List of Billboard magazine's top 50 singles of 1957 according to retail sales).
No meio automobilístico, a espera do público que viu a Chevrolet lançar por dois anos seguidos o que seria considerado seu melhor carro até aquele momento, chegava ao fim com o lançamento em setembro 1956 do novo Chevrolet Bel Air do ano/modelo 1957. Estava disponível em três modelos da série: o top de linha que era o Bel Air , o intermediário 210, e o espartano 150
As escolhas de carrocerias para 1957 foram as seguintes:
1957 Chevrolet Bel-Air
- Bel Air Conversível (produção total de 47.562)
- Bel Air Sport Sedan 4 Door Hard Top (produção total de 137.672)
- Bel Air Sport Coupe 2 Door Hard Top (produção total de 166.426)
- Bel Air 4 Door Sedan (produção total de 254.331)
- Bel Air 2 Door Sedan (produção total de 62.751)
- Bel Air Townsman 4 Door Station Wagon (produção total de 27.375)
- Bel Air Nomad 2 Door Station Wagon (produção total de 6.103)
- 210 Sport Sedan 4 Door Hard Top (produção total de 16.178)
- 210 Sport Coupe 2 Door Hard Top (produção total de 22.631)
- 210 4 Door Sedan (produção total de 260.401)
- 210 2 Door Sedan (produção total de 162.090)
- 210 2 Door Delray Club Coupe (produção total de 25.644)
- 210 Beauville 4 Door Station Wagon (produção total de 21.083)
- 210 Townsman 4 Door Station Wagon (produção total de 127.803)
- 210 Handyman 2 Door Station Wagon (produção total de 17.528)
- 150 4 Door Sedan (produção total de 52.266)
- 150 2 Door Sedan (produção total de 70.774)
- 150 2 Door Utility Sedan (produção total de 8.300)
- 150 Handyman 2 Door Station Wagon (produção total de 14.740)
Para 1957, haviam quatro opções de motores padrão, um 6 cilindros em linha com 140 hp, um V8 "Turbo-Fire", produzindo 162 hp e dois V8 283, um "Turbo-Fire" com carburador duplo produzindo 185 hp e um "Super" Turbo-Fire " com carburador quádruplo, desenvolvendo 220 hp.
Outra curiosidade na parte mecânica, foi que em em 1957 foi o primeiro ano que a Chevrolet ofereceu injeção de combustível como uma opção, no "Super Turbo fire V8" com o lendário "Duntov", produzindo 283 hp com a ajuda da injeção de combustível mecânica. Esses carros chamados de "fuel inject" são muito raros, uma vez que a maioria dos Bel Air foram equipados com carburação. A injeção de combustível continuou como uma opção até o início de 1960. No entanto, a maioria dos mecânicos da época não tinham a experiência para manter as unidades funcionando corretamente. Isto levou a maioria dos compradores a optar pela carburação convencional.
Além das transmissões manuais que eram limitadas a apenas três velocidades, com alavanca na coluna de direção, era disponível duas transmissões automáticas, a Powerglide e Turboglide, que era opcional. Enquanto o Powerglide de duas velocidades originais continuaram inalterados (Powerglide P N D L R). A Turboglide forneceu uma relação de transmissão continuamente variável que fez a "mudança" imperceptível. O quadrante de mudança em carros Turboglide seguiu o padrão "P R N D Hr" ou depois o padrão "P R N D Gr" (embora o 'Hr' tenha sido alterado no início da série de produção para 'Gr'-Grade Retarder por causa de motoristas que equivocadamente achavam que "Hr" significava High Range em vez do correto Colina Retarder).
Na parte de opcionais, havia muitas opções disponíveis, a maioria dos quais foram concebidos para tornar o carro mais confortável e luxuoso. Ar condicionado foi oferecido embora raramente tenha sido vendido, assim como um painel acolchoado. Direção hidráulica e freios assistidos estavam disponíveis, bem como um rádio AM com buscando de sinal e memória de estações por botões, antena de rádio elétrica, vidros elétricos e assentos elétricos também estavam disponíveis. Um alto-falante traseiro poderiam ser comprado, mas esse exigia um botão de volume separado para ser instalado no painel de instrumentos, ao lado do rádio. Este alto-falante traseiro foi apontado como o responsável por "cercar" som. Um aparelho chamado "Autronic eye" também era oferecido (o aparelho já estava em uso nos modelos de luxo da GM), era um dispositivo que aparafusado o painel, ao captar a luz de tráfego em direção oposta, abaixava as luzes dos faróis automaticamente.
Uma opção única foi um barbeador eletrônico, conectado ao painel. O rádio do Bel Air 1957 também utilizava tubos de 12 volts de tensão e um transistor para o estágio de saída. Isso reduziu o consumo de energia da bateria para uma quantidade insignificante, principalmente quando o motor estivesse desligado. Usando o rádio com tubos convencionais por períodos prolongados, ocasionalmente, drenava a carga bateria na medida em que não se podia nem ligar o carro.
Outro item montado no painel foi o visualizador de semáforo, que nada mais era do que um visor de plástico com nervuras que foi instalado logo acima do velocímetro. Como o teto do carro se estendia muito à frente do condutor, era difícil ver as luzes do semáforo. Esse aparelho capturava o reflexo das luzes do semáforo para que o motorista não tivesse que se inclinar para a frente para ver além da borda do teto.
Em 1957, a Chevrolet começou a adicionar recursos de segurança, como " fechaduras de portas a prova de colisão" (acrescentado pela primeira vez em 1956), placas de painel acolchoado, volante com formatos e estilos de segurança (embora não tanto quanto Ford ), cintos de segurança (também em 1956) e cintos de ombro, mas no entanto, ao contrário da Ford, a Chevrolet não promovia essas características de segurança pesadamente, por acreditar que isso depreciava seu carro como não sendo seguro.
Mas tudo isso não foi o suficiente para o ávido consumidor em 1957.
Ao que parece, o Chevrolet 1957 não era tão popular como a General Motors tinha esperado. Apesar de sua popularidade, a rival Ford superou as vendas da Chevrolet para o ano de 1957, pela primeira vez desde 1935. A principal causa dessa superação nas vendas para a Ford foi o fato de que o Chevrolet 1957 tinha pneus sem câmara, o primeiro carro em tê-los. Este medo dessa novidade foi determinante nas vendas para a Ford, pois muitas pessoas não confiavam inicialmente nesse novo pneu. Também não podemos tirar os méritos da Ford com a introdução de estilo de carroceria totalmente novo, que era mais longo, mais baixo e mais largo do que as ofertadas no ano anterior e isso ajudou em muito as vendas da Ford.
No entanto, hoje, os Ford de 1957 (com exceção do modelo de capota rígida retrátil, rara versão chamado Skyliner) não é tão apreciados pelos colecionadores como o Chevrolet de 1957.
O Bel Air 1957 está entre os carros americanos mais conhecidos de todos os tempos; exemplares bem conservados, especialmente os Coupes e conversíveis são muito procurados por colecionadores e entusiastas. Eles são espaçosos, bonitos, de um período de rabos de peixe inspirados em naves espaciais e com muito cromo.
Abaixo algumas fotos da linha Chevrolet de 1957...
Motor do Chevrolet Bel Air 1957 "Fuel Injection" com injeção de combustível mecânica
Motor do Chevrolet Bel Air 1957 "Fuel Injection" com injeção de combustível mecânica
Motor do Chevrolet Bel Air 1957 "Fuel Injection" com injeção de combustível mecânica
Motor do Chevrolet Bel Air 1957 "Fuel Injection" com injeção de combustível mecânica
Esquema do motor do Chevrolet Bel Air 1957 "Fuel Injection" com injeção de combustível mecânica
Opcional no Chevrolet Bel Air 1957.
Acima e abaixo, todos os tipos de carrocerias do Chevrolet 1957.
1957 Bel Air Conversível
1957 Bel Air Conversível
1957 Bel Air Conversível "Fuel Injection"
1957 Bel Air Conversível
1957 Bel Air Conversível
1957 Bel Air Conversível
1957 Bel Air Conversível
1957 Bel Air Conversível
1957 Bel Air Conversível
1957 Bel Air Conversível
1957 Chevrolet 150 4 Door Sedan
Depois de apresentar a linha completa da Chevrolet de 1957, está na hora de mostrar os Hot Rods que podem ser feitos com esses carros dos sonhos...
Não vou especificar os nomes dos modelos, pois quando se constrói um hot rod você tem livre arbítrio na escolha das peças, como por exemplo, colocar os frisos laterais e os emblemas de um Chevrolet Bel Air 1957 em um Chevrolet 210 1957, deixando o carro ao seu gosto.
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